Somos assim: somos o que pensamos, o que sentimos...e somos acima de tudo, aquilo em que acreditamos!
Nossos ídolos são nossos espelhos...refletem nossa alma, e nos levam ao encontro de nossos desejos, nossos sonhos, nossas fantasias, nosso eu mais profundo...e nos tornam muitas vezes mais fortes, porque acreditamos neles!
Somos assim: sedentos por nos apaixonar, por acreditar, por nos sentir vivos...e é isso que nos torna seres tão incrivelmente sedutores e apaixonantes!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Pudim da vó Vina...gostinho de saudades!





Ontem foi dia de almoço em família. Coisa rara nos últimos tempos, desde que a nona se foi.

Não, não é uma família tipicamente italiana, do tipo que chama avó de nona, falei assim, nem sei porque. Meu italianês paterno, dá o ar da graça vez ou outra, só prá não negar a raça. É uma família tipicamente brasileira do lado materno. Cheia de problemas, controversa, encrenqueira, bagunçada, mas que se ama, e conserva a necessidade de cultivar lembranças e saudades, como se fossem nossas raízes, fincadas ao chão, e nos mantendo de pé.

Foi dia de falar dos banhos no tanque, todos os netos já passaram por lá, num tempo em que piscina era privilégio de muito poucos, o tanque da "vó Vina" era nosso consolo...nosso alívio em dias quentes, tão comuns por aqui. Aquele tanque tem histórias prá contar.

Dia de falar do relicário da família, da forma de gelo, incrível, que sobrevive à quase quarenta anos, ou talvez até mais, com o alumínio brilhante e amassadinho, e com um cortador de gelo ímpar, ninguém tem um desses; pior, ninguém consegue, nem conseguiu nunca manusear o bendito como se deve, é tão perfeito que chega a ser um desafio prás mentes moderníssimas e avançadas. Impecável.

Ah, e o melhor de tudo: dia de comer a sobremesa mais deliciosa das nossas vidas.

O "creme" da vó Vina, sim, creme, pudim não, tem cara de pudim, gosto de pudim, consistência de pudim, mas não é pudim, e ai de quem o chamasse assim. É creme, inigualável. Felizmente, uma das netas conseguiu aprender na prática a receita, e não deixou que ela se perdesse da nossa memória gustativa.

Não tinha essa de ficar anotando a receitinha, tinha que "por sentido", aprender observando e ajudando a fazer. Tinha que ter capricho, cozinhar para a vó Vina, era uma arte, mais que isso, era um dom, de Deus, e por isso, era um momento de extremo zelo e cuidado. Dava gosto vê-la cozinhando, e justamente por isso, dava gosto comer seus quitutes. Mesmo que o menu fosse um simples e trivial arrozinho, com feijão e jiló. Acredite se quiser, esse trivial dá água na boca, e muita saudade. Essa receitinha, é deliciosa...e tem muito, mas muito sabor de quero mais.


Creme da vó Vina

Ingredientes:

1 pacote de coco ralado

6 ovos

7 colheres rasas de farinha de trigo

11 colheres cheias de açúcar

1 lata de leite condensado

1 litro de leite

Preparo:

Bater no liquidificador o coco(reservando um pouco pra´decorar o creme), o açúcar, o leite condensado e os ovos. Bater bem, para não ficar com o gosto do ovo. Colocar um pouco de leite e a farinha, e ir misturando.

Obs: o leite tem que ser colocado aos poucos, pois a receita rende dois cremes, e não cabe toda no copo do liquidificador. Tem que se usar um recipiente auxiliar para ir misturando tudo.

Fazer uma calda, de açúcar, rala, para untar as formas. Despejar o creme, e cozinhar em banho maria. Depois de pronto, e frio, desenformar e salpicar o restante do
coco.

Pronto, é de comer ajoelhado!!

Bom apetite!

Voa, voa borboleta, voa, voa liberdade! Nas asas da minha saudade!

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